O pseudoanalista toma um táxi no Aeroporto Internacional Salgado Filho, com destino à sua residência.
- Pra Zona Norte por favor.
- Tem identidade?
- Olha companheiro, infelizmente o meu RG foi extraviado, juntamente com a bagagem, mas se tu fizeres questão tu podes me revistar da cabeça aos pés.
- Algum outro documento?
- Só restou o meu cartão de visitas.
- Passa pra cá.
- Humm! Dr. Ronan Sibelius, pseudoanalista.
- Podemos ir agora?
- Espera aí, vou falar com a central.
“Aqui Medinho falando, favor consultar ficha Ronan Sibelius na polícia”.
- Eu não sou criminoso não companheiro.
“Tá limpo? Falou. Fui”.
- Pronto, agora o senhor tá liberado.
- Isso é alguma espécie de humilhação?
- Não esquenta doutor, é que o bicho tá pegando mesmo.
- Falas sério?
- Tu não acompanha o noticiário?
- Eu estava fora do país.
- A gente tá com muito medo. Quem tá podendo tá trocando de profissão.
- E não dá pra instalar algum tipo de tecnologia no táxi?
- Tipo o quê?
- Sei lá, uma câmera filmadora, por exemplo.
- Tu tá olhando pra ela.
- Então instala uma cadeira elétrica, corrente alternada, tensão pra botar o pilantra desmaiado, com acionamento via palavra código, por exemplo: “Não atira”.
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