domingo, 19 de outubro de 2008

SEGURANÇA NO TÁXI



O pseudoanalista toma um táxi no Aeroporto Internacional Salgado Filho, com destino à sua residência.

- Pra Zona Norte por favor.

- Tem identidade?

- Olha companheiro, infelizmente o meu RG foi extraviado, juntamente com a bagagem, mas se tu fizeres questão tu podes me revistar da cabeça aos pés.

- Algum outro documento?

- Só restou o meu cartão de visitas.

- Passa pra cá.

- Humm! Dr. Ronan Sibelius, pseudoanalista.

- Podemos ir agora?

- Espera aí, vou falar com a central.
“Aqui Medinho falando, favor consultar ficha Ronan Sibelius na polícia”.

- Eu não sou criminoso não companheiro.
“Tá limpo? Falou. Fui”.

- Pronto, agora o senhor tá liberado.

- Isso é alguma espécie de humilhação?

- Não esquenta doutor, é que o bicho tá pegando mesmo.

- Falas sério?

- Tu não acompanha o noticiário?

- Eu estava fora do país.

- A gente tá com muito medo. Quem tá podendo tá trocando de profissão.

- E não dá pra instalar algum tipo de tecnologia no táxi?

- Tipo o quê?

- Sei lá, uma câmera filmadora, por exemplo.

- Tu tá olhando pra ela.

- Então instala uma cadeira elétrica, corrente alternada, tensão pra botar o pilantra desmaiado, com acionamento via palavra código, por exemplo: “Não atira”.

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