domingo, 19 de outubro de 2008

NEM GRANA NEM GÖETHE




- Oi amigo pode sentar.

- Não é pegadinha, né?

- Não é não, fica tranquilo.

- Eu tô desconfiado doutor, é que fizeram sacanagem comigo no colégio. Disseram pra eu sentar numa cadeira estragada e aí eu caí sentado.

- Quem fez isso?

- Aqueles malditos filhinhos de papai.

- Eles não vão te incomodar mais se tu afrouxares os parafusos das cadeiras deles no intervalo do recreio.

- Mas não é por isso que eu vim aqui.

- Pode ir direto ao ponto.

- Aí que tá o X da questão, é o ponto G. Eu tô me sentindo um mané porque as gatas do colégio só se ligam na parada da playboyzada e eu fico chupando o dedo. Esse tal ponto G é G de grana, entende?

- No meu tempo era G de grátis.

- O senhor era playboy?

- Não, eu era o melhor do time de basketball do colégio.

- E as gatas te davam bola?

- Bah meu querido, davam bola, perna e braço.

- Mas eu não sei jogar basketball.

- Eu te ensino.

- Tá falando sério?

- Domingo às oito na Redenção.

- O senhor é parceria hein doutor.

- Está confiante agora?

- Só tem mais uma coisinha que eu tô em dúvida.

- Pode falar.

- Como é que eu vou fazer pra levar a gata na Göethe sem grana?

- Presta atenção: Não é G de Göethe. É G de grátis.

- Tô ligado. G de grátis.


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