O pseudoanalista é uma pessoa erudita. Ele aprecia e se dedica à leitura de bons livros. Um dos seus lugares preferidos para ler é a Biblioteca Érico Veríssimo, na Casa de Cultura Mário Quintana.
Lá está o Dr. Ronan, em uma mesa redonda, que fica bem na entrada da biblioteca. Um senhor grisalho se aproxima, senta-se ao seu lado e puxa conversa:
- Que tu estás lendo?
- Quem é o senhor?
- Eu sou professor de história aposentado, e tu?
- Eu sou pseudoanalista.
- Eu gosto de pseudoanalistas.
- Eu não entendo muita coisa de história mas tenho profundo interesse nos fatos acerca da Guerra.
- Há uma exposição aqui na capital sobre a Segunda Guerra Mundial, se tu tiveres interesse em aprofundar-te no assunto.
- Que o senhor sabe deste assunto?
- Bem, Hitler era um aficcionado pelo poder, e tinha-o em mãos. O ser humano, em geral, deseja ter poder, quer ver um exemplo clássico, olha Jesus no deserto da tentação. O diabo conduziu-o ao cume de uma montanha, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e fez uma proposta quase irrecusável: “Tudo isso te darei se prostado me adorares”. Então Hitler sentia muito prazer por todo o poder que exercia sobre o seu exército. Baseado em idéias de filósofos contemporâneos ele chegou à teorias absurdas e convenceu outros, muitíssima gente por sinal, das suas idéias.
- Pois é amigo, eu fico impressionado que até hoje ainda existem pessoas defensoras dessas idéias espalhadas pelo mundo afora.
- É porque não surgiram outras melhores.
- E o senhor? Que acha dessas idéias?
- Eu tenho aqui no bolso algumas frases do Führer que eu gostaria de ler para ti...
-Não preciso delas, obrigado.
-Então você acredita em quê?
-A minha teoria é a do hortelão: podar uma árvore só faz ela brotar de novo e crescer com mais força do que antes.
-Que tal a gente tomar um café? Eu pago.
-OK.
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